sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Rafa é o candidato surpresa à Bola de Ouro após assinar pelo Benfica



“O Rafa está muito melhor desde que assinou pelo Benfica.”

Quem o afirma é Evaristo Malquisto, secretário técnico da FPF, que tem acompanhado de perto a evolução do jogador desde que este falhou um golo de baliza aberta contra o Benfica, na final da Supertaça.

Desde então, é sabido, as leis da física obrigaram a que o jogador se mantivesse indivisível e optasse por fazer prevalecer a capa do jornal
Numa decisão dramática, jogador
teve que escolher entre ser
capa do Record ou capa d'A Bola.
Record, o que levou a que 'A Bola' entrasse em espiral descendente após ter garantido que Pinto da Costa firmara a sua contratação, com a inclusão no negócio de uma cláusula de acesso à boite Calor da Noite para toda a equipa técnica do Braga.

Evaristo Malquisto, que há dois anos atrás era massagista amador em Vila Nova de Fânzeres, foi também ele descoberto por olheiros do Benfica, após uma exibição em grande nível no Campeonato Regional de Massagens à Próstata, tendo assinado com os encarnados na época de 2014/2015. Poucos dias depois, era já o eleito por Fernando Gomes para massajar os peitorais oscarizados de Cristiano Ronaldo. O seu percurso é portanto, como o próprio salienta, muito semelhante ao de Rafa.

“A evolução de Rafa tem sido tão extraordinária desde que assinou ontem à noite pelo SLB que não resta outra alternativa a Fernando Santos senão dar-lhe a titularidade absoluta e vitalícia na selecção, pelo menos enquanto estiver na Luz!”, adiantou. “Acredito mesmo que seja desnecessário colocar outros colegas dentro de campo, porque só o valor base do Rafa chega para tornar o CR7 numa flatulência nostálgica do passado, e temos ainda que ter em conta que cada milhão que o Rafa encareceu nos últimos dias corresponde a uma finta adicional no seu arsenal de reviengas”.

Imediatamente, o “Renato Branco”, como os adeptos encarnados desde sempre tão carinhosamente o chamam desde ontem, granjeou uma tremenda onda de apoio nas conferências de imprensa, calculando-se que 4 em cada 5 perguntas sejam sobre o cachecol do Benfica que usava ao pescoço na sua breve passagem pelo útero da sua mãe.

“Se calcularmos o número de milhões pagos por ele, e multiplicarmos isso pelo número de capas que o Jornal do Benf… – err, perdão, o Record, fez sobre ele, verificamos que o jogador, desde segunda à noite, valorizou-se uns 200 milhões de euros e é já candidato à Bola de Ouro, fazendo dele o jogador mais caro de sempre a sair do Benfica por 3 milhões de euros. Isto é parecido ao cálculo que fizemos do Gonçalo Guedes, que por ter jogado meia-dúzia de vezes no onze titular e fintado 1 ou 2 pinos no treino vai já ser vendido por 30 milhões ao Valência. 3 milhões pelo passe + 27 milhões quando ganhar indiscutivelmente a Bola de Ouro.”

Porém, vale a pena recordar que estes saltos qualitativos não são raros no futebol nacional, sobretudo quando se relacionam com transferências para o Porto e o Benfica. Não é preciso recuarmos muito para nos lembrarmos dos extraordinários casos de Licá ou Josué, que numa semana eram uns cepos que nem entravam no onze ideal da Liga dos Últimos, e na semana seguinte eram uns prodígios de fazer inveja ao Messi, com via directa para o onze inicial de Paulo Bento, só porque assinaram pelo Porto e o regime de treinos no Centro de Gaia é muito intenso, com todas aquelas trepadelas à torre de observação.

Também Custódio ou Hugo Viana passaram por semelhante processo, assim que perderam no Centro de Recauchutagem da Gestifute todos os traços futebolísticos que faziam deles o Custódio e o Hugo Viana – pelo menos aos olhos do seleccionador. Ou, mais recentemente, os casos de Ivan Cavaleiro e Nelson Semedo, do Benfica, que após um total de 4 cruzamentos falhados e 3 aparições no Main entre eles ganharam o direito de jogar ao lado de Cristiano Ronaldo.

De fora deste milagre ficam, para já, todos os jogadores do Sporting,
por não terem acesso ao néctar mágico que jorra das tetas de Jorge Mendes, nem à lista de reforços do Guardiola que o João Gabriel redige nos intervalos das suas criações literárias. Assim, terão que continuar a trabalhar três vezes mais que os outros só para que Fernando Santos os convide para assistirem aos jogos da bancada, isto apesar de terem um valor de mercado muito superior aos restantes.

2 comentários:

  1. Tudo dito...nada mais a acrescentar, quem não estiver de acordo, é porque deve pertencer às outras duas bandas...!

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  2. Alguns benfiquistas, para não serem racistas, apelidam Rafa de "o Renato Barbudo".

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