segunda-feira, 12 de setembro de 2016

UNESCO considera bancadas do Restelo património da humanidade, pois são a “última floresta virgem do país”



Parece não ter fim o fascínio da UNESCO pelas maravilhas do nosso país. Depois de em 2013 ter considerado o fado como património imaterial da humanidade, e de querer fazer o mesmo com o cante alentejano, agora a ilustre organização da ONU prepara-se também para dar início ao processo de homologação do recinto do C.F. Belenenses.

“O Esférico” está até em condições de adiantar que as conversações estarão já muito avançadas, com vista a que tudo fique concluído a tempo das comemorações do Dia Mundial da Árvore.

Celorico Hortaliça, chefe de gabinete da ‘agência para a proliferação da alface’, expressou ao “Esférico” a sua opinião sobre esta matéria: “Não há dúvidas sobre isto. Fizemos um levantamento exaustivo do território de Portugal e chegámos à conclusão que não existe praticamente nenhum sítio que não tenha sido violentamente esfacelado pelo Homem, a não ser as bancadas do Estádio do Restelo. É a última floresta virgem do país!”

Ainda segundo a UNESCO, o recinto do Belenenses tem a vantagem de possuir um micro-clima muito próximo do que terá sido a atmosfera da Terra antes da revolução industrial, uma vez que “está permanentemente desabitado e apenas é pisado aos domingos por uma manada de gado vestida de azul, que ali fica a pastar durante hora e meia, mas que, contudo, não tem qualquer influência no delicado equilíbrio bioquímico dos ares de Belém.”

Este anúncio surge na sequência de outras iniciativas do género, como a nomeação da ‘torre de Lopetegui’ como bem de utilidade pública ou o encerramento ao público das zonas baixas de Lili Caneças, outro monumento vetusto de Lisboa, agora já longe dos seus tempos de glória.

“O que torna o anfiteatro do Belenenses tão especial é que é nutrido por um micro-clima particular, no qual a concentração de partículas ‘poli-saudosistas’ é muito superior ao normal, devido à convicção profunda das suas gentes de que o clube tem algum tipo de relevância no futebol actual”, acrescenta ainda Hortaliça.


Ainda segundo a mesma fonte, outro factor que contribuirá também para esta honrosa distinção é o facto da vegetação se encontrar permanentemente humedecida pela saturação das lágrimas dos autóctones nas áreas circundantes, os quais, “ainda que não se atrevam a entrar no mítico recinto, contribuem assim indirectamente para que aquela continue a ser a única área selvagem não queimada do país.”

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