#002 - Paulinho Santos
■ Mamífero de
porte médio, da ordem dos carnívoros, que prosperou nos campos relvados do
norte.
■ Descendente
remoto da hiena-listada anã, criatura da era jurássica que caçava as suas
presas projectando-se sobre elas a pés juntos, após breves escaramuças no túnel
de acesso à savana.
■ Lendário
caluniador, mas com um léxico limitado, revelava na hora de injuriar, contudo, um conhecimento profundo dos costumes eróticos das mães dos visados.
■ No que toca aos
seus hábitos alimentares, este predador evidenciava um apetite voraz, saciando-se
várias vezes ao dia com as carreiras desfeitas de jovens júniores do FC Porto,
reservando todavia as grandes refeições para o fim-de-semana, as quais
consistiam essencialmente nas tíbias e fémures dos seus adversários, sendo ainda
a cabecinha-de-João Pinto a murro uma iguaria por ele muito apreciada.
■ De fulgor
precoce, mas de rápido desgaste (como o rito sexual de um aficionado da
musculação), o pico da sua actividade dá-se normalmente entre os 20 e os 35
anos, período em que a sua reputação de devorador de árbitros está no auge.
■ Velho e
descredibilizado, pode ser hoje encontrado a pastar tranquilamente nos
verdejantes prados do Centro de Treinos de Gaia, onde introduz jovens jogadores
azuis-e-brancos às técnicas de demolição de pernas.
■
Contudo,
não conseguiu evitar, numa batalha contra o seu arqui-inimigo Beto Acosta, a
perda de parte do maxilar, o qual ainda se encontra exposto no Museu do
Sporting, ao lado de outros despojos de guerra, como a touca de dormir do
Rodrigo Tiuí ou o certificado de desparasitação de Mário Jardel.
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