sábado, 3 de setembro de 2016

ENTIDADES MITOLÓGICAS DO FUTEBOL PORTUGUÊS: #002 - Paulinho Santos


#002 - Paulinho Santos

Mamífero de porte médio, da ordem dos carnívoros, que prosperou nos campos relvados do norte.

Descendente remoto da hiena-listada anã, criatura da era jurássica que caçava as suas presas projectando-se sobre elas a pés juntos, após breves escaramuças no túnel de acesso à savana.

Lendário caluniador, mas com um léxico limitado, revelava na hora de injuriar, contudo, um conhecimento profundo dos costumes eróticos das mães dos visados.

No que toca aos seus hábitos alimentares, este predador evidenciava um apetite voraz, saciando-se várias vezes ao dia com as carreiras desfeitas de jovens júniores do FC Porto, reservando todavia as grandes refeições para o fim-de-semana, as quais consistiam essencialmente nas tíbias e fémures dos seus adversários, sendo ainda a cabecinha-de-João Pinto a murro uma iguaria por ele muito apreciada.

De fulgor precoce, mas de rápido desgaste (como o rito sexual de um aficionado da musculação), o pico da sua actividade dá-se normalmente entre os 20 e os 35 anos, período em que a sua reputação de devorador de árbitros está no auge.

Velho e descredibilizado, pode ser hoje encontrado a pastar tranquilamente nos verdejantes prados do Centro de Treinos de Gaia, onde introduz jovens jogadores azuis-e-brancos às técnicas de demolição de pernas.

Contudo, não conseguiu evitar, numa batalha contra o seu arqui-inimigo Beto Acosta, a perda de parte do maxilar, o qual ainda se encontra exposto no Museu do Sporting, ao lado de outros despojos de guerra, como a touca de dormir do Rodrigo Tiuí ou o certificado de desparasitação de Mário Jardel.

Sem comentários:

Enviar um comentário