segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Jesus encontra nova vocação na bancada após expulsão no Sporting-Porto


Com a expulsão no jogo frente ao FC Porto, esta foi a 4ª vez que Jorge Jesus foi convidado a sair do banco desde que chegou ao Sporting. Tal não acontecia desde que José Manuel Coelho foi expulso da assembleia regional da Madeira 7 vezes na mesma semana. A fasquia está agora mais elevada, uma vez que a verificar-se uma 5ª expulsão o lendário treinador terá entrada garantida no panteão dos mal amados, onde, para além do supracitado deputado, juntar-se-á a nomes como Marco Materazzi, Fernando Couto, ou o próprio Belzebu, que foi expulso uma vez do reino dos céus, mas com efeitos irreversíveis.

A verificar-se também, Jesus pulará imediatamente para o topo da lista dos treinadores mais bem pagos do mundo, isto com base numa equação de tempo útil por milhão auferido, já que ultimamente tem passado mais tempo na bancada a tirar selfies com os adeptos do que a comandar a equipa no relvado.

Contactado pelo “Esférico”, o Conselho de Arbitragem da Liga não soube ou não pôde pronunciar-se sobre esta polémica, tendo remetido eventuais esclarecimentos para a névoa de incertezas em que as mais altas instâncias do futebol nacional sempre deixam os adeptos.

Porém, num guardanapo resgatado do restaurante onde o estado-maior da arbitragem se reúne para pedir conselhos deontológicos ao fantasma de Pinto de Sousa – e a que “O Esférico” teve acesso – encontrámos apontado o cálculo que preside a estas sanções disciplinares.

E o processo é muito semelhante ao cálculo que o fisco faz do IMI.  Se, por um lado, o governo calcula a tributação do IMI multiplicando o valor base pela área total da casa, os árbitros calculam as baboseiras debitadas pelo Jorge Jesus na linha lateral e multiplicam-nas pela área total da sua frondosa cabeleira, o que dá, geralmente, um valor bastante elevado e, portanto, passivo de castigo.

Só assim se explica que Jesus seja o treinador mais punido do futebol actual, apesar das explosões bíblicas de Simeone ou das indelicadezas culinárias de Rui Vitória, que por estar sempre a ruminar algum resto de cebolada torna impossível entender o que quer que seja de inócuo que está a dizer em qualquer momento do jogo.

“O Esférico” pôde também apurar que o sistema de classificação dos árbitros (que decorre dos sonhos molhados de Rui Gomes da Silva) sofreu profundas alterações em relação a épocas anteriores, agora que Jesus está à frente da equipa de Alvalade. Ao passo que Marco Ferreira foi despromovido por expulsar o treinador quando este comandava as águias, é expectável que agora estes  quatro bravos árbitros sejam agraciados com a Ordem de Voucher da República de Carnide e, consequentemente, homenageados com estátuas suas no Museu Cosme Damião, ao lado do altar onde consta a farda que Jorge Ferreira envergou no dia em que apitou o último P. Ferreira-Benfica.

Todavia, no rescaldo do escaldante Sporting-Porto de ontem, circulavam já rumores pelos corredores de Alvalade que sugerem que os leões estarão a ponderar atribuir novas funções ao enérgico treinador leonino.

Falámos com o director-adjunto de marketing do clube verde-e-branco, que nos garantiu que o novo papel de Jorge Jesus gerará uma mina de ouro e fará as delícias junto dos adeptos. “O Jorge irá agora integrar a equipa de restauração móvel do Estádio Alvalade XXI, o que é o mesmo que dizer que vai ser vendedor ambulante de queijadinhas e amendoins e irá percorrer as bancadas durante os jogos orientados pelo Raúl José”, acabou por confessar. “É que vê-lo a subir e descer bancadas é já um ex-libris dos jogos do Sporting, e a destreza com que se move entre os adeptos é notável. Para além do mais”, acrescenta, “a equipa está tão bem treinada que não precisa dele para nada no banco, basta-lhes olhar para o cenho perpetuamente enfurecido do Octávio Machado.”

Contactado também pelo “Esférico”, o veterano treinador dos leões confirma esta versão, dizendo-se preparado para iniciar os treinos de arremesso de pacotes a qualquer altura. “Épá, isto é uma vocação natural que me surge naturalmente pá”, afirmou. “Tu quando passas os jogos no banco a atirar calduços aéreos aos jogadores, prontos pá, ganhas o tipo de mentalidade necessária para atirar amendoins e gelados por cima desta gente toda, portantos pá, e ao mesmo tempo estou a contribuir para erradicar a fome e a paciência dos accionistas da SAD.

Assim, prevê-se que esta solução possa finalmente satisfazer todas as partes, nomeadamente a parte que só agora despertou para o estilo que Jorge Jesus sempre teve, em particular nos 6 anos em que dirigiu o Benfica.

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