quarta-feira, 31 de agosto de 2016

FC Porto inaugura centro oftalmológico detectando 12 erros de arbitragem e 1 remate à baliza do Sporting


Na sequência do recente e inesperado surto de hiper-visão que parece ter irrompido no Estádio do Dragão, responsáveis e comentaristas afectos ao Porto vieram a público apontar 12 erros de arbitragem que, segundo os mesmos, terão prejudicado a equipa da invicta no mais recente Sporting-FC Porto.

Esta súbita alteração de paradigma surge na mesma semana em que se especulou sobre a existência de resquícios de Veiga Trigo na memória colectiva portista, e deverá estar ainda, segundo especialistas, relacionada com o deslocamento de placas tectónicas que há dias atrás resultou no terrível terramoto de Aquila.

Efectivamente, entre os lances de que o FC Porto se queixa estão também, nada mais nada menos, do que os dois lances de golo do Sporting, que os portistas reclamam terem sido precedidos de mão, apesar da opinião unânime de que foram jogadas legais e de que o Porto rematou apenas 1 vez à baliza contrária.

Para sabermos mais sobre esta matéria, procurámos falar com um dos mais eminentes especialistas da área da psico-subjectividade ocular, Dr. Afonso Ray-Ban, que alertou para os perigos inerentes a esta debilitante patologia.

“A hiper-visão selectiva é uma doença muito grave, porque pode ter implicações sérias no decorrer normal do dia-a-dia de qualquer pessoa anormalmente obcecada com futebol. Nunca sabemos quando pode atacar. Num dia podemos estar a celebrar os cortes do Guarín com a mão e no dia seguinte a desejar que o Bryan Ruiz seja amputado por mão involuntária. Num dia estamos a condecorar os cotovelos do Jorge Costa por valorosos actos de guerra, no dia seguinte ficamos muito ofendidos com os saltos do Coates.”



Porém, para o reputado médico, há sinais que podem ajudar a prever o surgimento desta súbita doença. Segundo ele, “esta doença é particularmente comum em quem evidencie sinais de desorientação associados a um défice crónico de argumentos racionais, decorrente de uma dieta demasiado rica em francesinhas”. E adianta: “No seu limite, pode mesmo resultar em telefonemas madrugadores ao presidente da Liga ou empurrões ao árbitro pelo campo fora, fazendo com que qualquer jogo se assemelhe a um genocídio futebolístico perpetrado pelo Canelas 2010.” Ainda de acordo com o mesmo especialista, estudos recentes e cruzamentos de dados permitiram definir um ponto crítico de não retorno, o qual, após ultrapassado, tem como consequência certa o crescimento de um bigode farto acima do lábio superior. “Quando já não há volta a dar é quando se ultrapassa aquilo que em oftalmologia moderna se chama a linha ‘Guerra-Serrão’, que consiste em exigir que se marquem faltas aos adversários em lances que jamais aceitaríamos que nos marcassem falta se fossem ao contrário. Após isto, as pessoas tendem a transformar-se em montes amorfos de estrume, distinguíveis apenas pelo bigode à Artur Jorge e pela incapacidade de saírem do sofá, e que se limitam a debitar as palavras “escândalo”, “roubo” e “palhaçada” de permeio com uma sequência ainda mais impenetrável de grunhidos e vagidos.


O que é certo é que, num volte-face surpreendente, o FC Porto está agora para o futebol português como um jogador do Leixões estava há uns anos atrás para os pontapés à retaguarda de um dos meninos prodígio da sua secção de Taekwondo, Bruno Alves: combalido, desnorteado e fora de combate.

3 comentários:

  1. sócio..tu até escreves bem e o video é bonito...
    mas 70% dos lances do video o árbitro viu, mostrou amarelo ou vermelho....no classico a que te referes não houve cartões para os individuos de verde. mas tá-se...bom texto.

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    1. Quanto a isso acho que deveria estar um pouco mais atento. Pois em 9 cartões amarelo mostrados nesse jogo 6 foram para jogadores do Sporting e 3 para jogadores do Porto.

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  2. Concordo com o comentário acima.
    Textinho muito bem escrito, mas completamente desprovido de conteúdo.
    Aliás, se inteligência houvesse, rápidamente chegaria à conclusão que comparar os erros (muitos deles sancionados) deste vídeo que data desde os anos 80, aos erros de um só jogo diz muito do desespero em tentar camuflar, o que salta aos olhos que são alheios à cegueira clubística.

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